quinta-feira, novembro 15, 2007

Making off de Shopping and Fucking

Foram duas temporadas de Shopping and Fucking.

A primeira de março a junho de 2007 na Aliança Francesa, no Corredor da Vitória, e, a segunda, de agosto a outubro, na Sala do Coro do TCA. Christine (o ford landau vermelho 1958, nosso cenário) aprontou em todas elas.
Foram muitos os debates sobre a montagem... Nossa! Inclusive presenciais, nas faculdades da Cidade, FIB e Ufba.
Abaixo o making off do espetáculo. Comentem! Foi gravado 5 minutos antes de subir ao palco do último dia.
Elenco: Eu (Jussilene Santana), Celso Jr., Edvard Passos, Rodrigo Frota e Emiliano d´Avila.Direção: Fernando Guerreiro; Assistência: Ciro Salles; Produção: Mário Dias.
Gravação: João Caçapava.

terça-feira, setembro 25, 2007

Última semana

Gente!!! Este é o último final de semana para conferir Shopping and Fucking!
Só tem mais sexta, sábado e domingo, ein? 20h. Inteira, R$16,00.
Na Sala do Coro do TCA.
Cheguem cedo porque vai ser agonia....

a moeda nossa de cada dia

Há uma potência escondida nas análises sobre consumo. É apropriando-se do cruzamento entre relações sociais e comerciais – principalmente, no que se referente a drogas e sexo – que Mark Ravenhill, ator, dramaturgo e diretor teatral inglês, desenvolve a peça "Shopping and fucking", em cartaz na cidade até o dia 30.09, com direção de Fernando Guerreiro.

Se descortinar a sociedade de consumo pode insinuar-se como uma tarefa redundante ou passível de adoção de um viés moralista, a equação (inexata) proposta pelo autor desanda para os excessos provocadores e para a absoluta transgressão.Não que com isso a peça renda-se à apelação barata ou à mera verborragia.

O ato de não tangenciar a polêmica é perfeitamente cabível e esperado frente aos cincos personagens – quatro homens e uma mulher –, os quais têm suas histórias particulares perpassadas por instâncias comerciais, sexuais e sentimentais, as quais permitem não apenas a aproximação, mas um senso de dívida permanente que os projeta para uma espiral contínua de desvios de conduta.

O terreno mostra-se movediço porque tal desvio não será abatido com uma ação punitiva ou com o discurso moralizante, mas com a legitimação das falências sentimentais em que estes seres encontram-se sufocados. Se o exercício consumista mantém-se como o eixo condutor e que confere sustentação à engrenagem narrativa, pontua-se com elementos simbólicos a prevalência de uma sociedade midiática e efêmera, hábil no desenvolvimento de cadeias alimentares, refeições em embalagens individuais, comercialização de indivíduos, drogas e de sexo via prostituição ou centrais de atendimento telefônico.

A glamourização do simulacro é explicitada e ironizada através do seu próprio instrumental: a distribuição gratuita de drogas propicia a felicidade dos usuários e a liberdade de escolha do sujeito resume-se a um dos números do cardápio do McDonald’s.O entendimento da vida como um negócio é expresso discursivamente e se alia a um gestual de forte apelo imagético, apoiado nas referências a excitamento e nas práticas de sexo explícito homossexual.

O gozo consumista irmana-se com o gozo sexual e ao corpo é delegada a emblemática tarefa de assumir a condição de meio – seja como moeda corrente, escudo ou território sexual. E o sangue jorra quando preciso declarando a vitalidade dos seus portadores.É inválido apegar-se a uma possível e suposta modernidade da peça. Sua centralidade dialoga mais com o cenário esboroado de "Clube da Luta" (1999), de David Fincher e a predominância do mercado, como identifica o documentário canadense "The Corporation", (2003) de Mark Achbar e Jennifer Abbott.

No miolo da problemática, os aturdidos seres em (de)composição que Ravenhill constrói com destemor e maestria, a fim de responder o que um de suas personagens questiona: “Por que será que tem que ser desse jeito?”. Talvez não haja tanta determinação – não tenha que ser –, mas sublinha-se o gesto errôneo de refutar esta dimensão da realidade, não a constatando – seja por miopia ou demência.

Na foto (postada no blog, vão lá! ;) ) Daniel Radcliffe em uma das fotos da recente montagem de "Equus". Tal peça foi encenada em 98, aqui na cidade, por Guerreiro. Este senhor sabe oxigenar - a si próprio e ao palco. Todo mérito é pouco.

texto do blog http://eusouosenhordocastelo.blogspot.com/
de Breno Carvalho.

segunda-feira, setembro 03, 2007

Entrevista com Mark Ravenhill

Uma entrevista em vídeo com Mark Ravenhill sobre "Citizenship", em cartaz no National Theatre de Londres.
Tradução da apresentação da entrevista no Youtube:
O autor Mark Ravenhill fala sobre outra peça, "Cidadania". Uma comédia agridoce sobre crescer, seguindo a busca franca e desordenada de um garoto para descobrir sua identidade sexual. "Uma de suas melhores peças. Ravenhill captura excelentemente a insegurança sexual da adolescência bem como a curiosidade infinita." - Guardian.

terça-feira, agosto 28, 2007

Com a PALAVRA, o diretor. Escola de Teatro Ufba


Olha a dica:

"Nesta sexta feira, dia 31 de agosto, Fernando Guerreiro é o primeiro convidado do ciclo de debates que aproxima os estudantes de teatro das atuais produções teatrais de nossa cidade.

O diretor falará de seu atual trabalho: Shopping And Fucking. Uma banca formada por alunos de Direção e Interpretação Teatral da Escola da UFBA formulará perguntas sobre carreira, processo de trabalho, dificuldades do nosso mercado, escolha do que montar, do ator, do produtor, etc. Rara oportunidadede conversa franca, de troca e aprendizado. Sala 5 da Escola de Teatro da UFBA, nesta sexta-feira, 31 de agosto,17 horas. Aberto a todos os estudantes de Teatro,acadêmicos ou não. Coordenação: Alan Miranda. "

sexta-feira, agosto 17, 2007

CHRISTINE - Volta a atacar!

Por Jussilene Santana

Eu não sei quanto ao resto do elenco, mas eu sempre me perguntei sobre as possíveis histórias de nosso Ford Landau vermelho, nossa casa-rua-cenário em Shopping and Fucking.

Teria sido ele de um empresário baiano meio playboy? Teria aquele banco, outrora confortável, carregado sua esposa e herdeiros? Amantes, com certeza... Viajou para Feira de Santana, em 1978, com todas as bagagens da família naquele imeeeeenso porta-malas (que o comprove nosso Emiliano-Gary) ? Quantas vezes bateu? Subiu na calçada em frente a Igreja Nossa Senhora da Luz?... glup... Atropelou alguém?!

Enfim... Mistérios.

De todo modo, nós todos sempre comparamos nosso Landau à célebre Christine, o Plymouth Fury 1958 vermelho que assombra os personagens do best-seller de Stephen King. Eu li este livro quando tinha uns 16, 17 anos... Não me deixou nem com um milionésimo do medo que eu senti ao ler O Iluminado. Este sim, assustador.

Mas, a nossa Christine baiana não está fazendo feio. Depois de alguns sustos na temporada da Aliança Francesa, ela agora volta a atacar. Mais poderosa do que nunca, Chris voltou mais vermelha e pesada. Resultado: abalou as estruturas do palco da Sala do Coro. Daí que adiamos nossa reestréia em UMA SEMANA!!! Sexta, 24, contra-atacaremos.

Ou... Deus meu!! Terá sido Christine de uma dessas senhoras pudicas, atualmente revoltadíssima com o nível da libertinagem que aprontamos?!!

Por via das dúvidas, sempre achei que naquele retrovisor faltava uma fitinha do Bonfim. Não faltará mais.

P.s.: Perdoem-me pela repetição do texto do blog do TeatroNU, mas neste caso foi inevitável.

sexta-feira, agosto 10, 2007

NOVIDADES!!!!!!!!!!!!!!!


As pessoas estão me perguntando sobre as novidades desta temporada de Shopping and Fucking que estréia dia 17 de agosto, sexta-feira. Devo admitir: são muitas!

Nesta curtíssima temporada mudamos de ESPAÇO. Vamos para a Sala do Coro, do Teatro Castro Alves.

Mudamos o HORÁRIO!! Vai ser de sexta a domingo, SEMPRE às 20h!!!

E: Novos PREÇOS! O ingresso agora é R$16,00 (inteira) todos os dias, galera!

Bom, mas BACANA mesmo é que toda produção gráfica desta temporada está a cargo da artista plástica Bárbara Tércia. A moça, voltando de São Paulo, assistiu Shopping and F e se encantou com a peça, suas imagens, com a luz, enfim...E sugeriu fazer uma grafic novel com ela!!! Resultado: Já tirou mais de 5 mil fotos do espetáculo e vai dar um tratamento a elas de quadrinho. Um luxo!!!!

Dá só uma conferida no traço da moçoila aí do lado. É o personagem Mark (Edvard Passos) retrabalhado.

segunda-feira, julho 16, 2007

DE VOLTA!!!!!! Em um mês!

Shopping and Fucking volta a cartaz na SALA DO CORO do TCA

O espetáculo Shopping and Fucking, com direção de Fernando Guerreiro, volta a cartaz em curtíssima temporada no dia 17 de agosto (sexta-feira), às 20h, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves. No elenco, Jussilene Santana (melhor atriz Braskem em 2005), Celso Jr., Edvard Passos, Rodrigo Frota e Emiliano d´Avila. O espetáculo foi um sucesso de público e crítica em sua temporada na Aliança Francesa. A equipe do espetáculo ainda é composta por Euro Pires, na cenografia, Fábio Espírito Santo, iluminação, e a dupla de estilistas Soudam e Kavesky, na concepção do figurino. A produção do espetáculo é de Mário Dias.

Shopping and Fucking prossegue até o final de agosto, de sexta a domingo, sempre 'as 20h. Os ingressos custarão sempre R$ 16 e R$ 8 (meia) .O texto do inglês Mark Ravenhill é um drama que acompanha o cotidiano de um triângulo amoroso e seu envolvimento com o mundo das drogas, do sexo pago e da violência. O espetáculo mostra a série de esquemas em que o grupo se envolve para continuar sobrevivendo numa grande cidade, desde o roubo até à venda de sexo por telefone, entre outras transações.

Neste universo onde a fé na condição humana parece estar extinta nada escapa do consumo desenfreado. A questão que perpassa a encenação é: Tudo estará mesmo à venda? Daí que indiretamente se questione se qualquer coisa pode ser objeto de troca, de uma permuta comercial, até mesmo os laços pessoais e sexuais. Neste território onde todas as transas são possíveis, o consumismo substituiria nossos antigos códigos morais?

A primeira vez que Shopping and Fucking veio a público foi no Royal Court, em Londres, em 1996, logo se tornando um grande sucesso e percorrendo várias cidades da Inglaterra. A peça causou frisson imediato pela ousadia no trato com a temática homossexual, sendo tachada inclusive de exibicionista e chocante.A crítica enérgica presente no texto de Ravenhill, porém, sobreviveu à sua imediata leitura sexual, mesmo passados dez anos.

Ao longo da década, Shopping and Fucking foi montada com sucesso de público e crítica nos EUA, Itália, França, Espanha, Canadá, Dinamarca, Alemanha, Hungria, Lituânia, Estônia e África do Sul, em todos estes países assumindo uma aura de espetáculo cult. Também nestes últimos dez anos, a estética gay foi muito apropriada pela sociedade de consumo, abrandando parte do estranhamento ao tema. O texto já foi encenado no Brasil, em 1999, com direção de Marco Ricca, tendo Silvia Buarque e Rubens Caribé no elenco.

A amoralidade niilista dos personagens de Ravenhill permite mesmo essa leitura mais chocante, mas por outro lado há material em Shopping and Fucking para se perceber um profundo sentido ético no retrato que o autor faz da sociedade capitalista contemporânea. Para ele, a globalização e as atuais forças econômicas tentam fazer em fiapos nossos laços comunitários. Mas, como o próprio Ravenhill afirma: "Há sempre um momento em que minhas personagens reconhecem que têm que cuidar umas das outras".

Apesar de rejeitar o título de teatro político convencional (que seria um teatro engajado), o discurso de Ravenhill - tanto em seus textos quanto entrevistas - é quase sempre político. Em Shopping and Fucking ele trabalha com temas recorrentes, como a crítica irônica à sociedade de consumo, à globalização e as transações comerciais como base para as relações humanas.
Ravenhill escreve sobre a cena urbana de maneira eloqüente e com diálogos ágeis.

Em suas cenas fragmentadas, há referências à cultura pop, aos desenhos animados da Disney e à literatura clássica. Em Shopping and Fucking há citações: ao musical infantil O Rei Leão, à peça As Três Irmãs, de Tchecov, a Romeu e Julieta, de Shakespeare, aos canais de tele shopping, aos snuff films (filmes de acidentes e mortes reais) e às onipresentes câmeras de TV. Já os nomes das personagens são tomados de empréstimo do grupo Take That, uma versão inglesa da boy band New Kids on The Block.

Seus temas e diálogos também sugerem aproximações com outros produtores do cinema e teatro contemporâneos como David Mamet, David Lynch, Quentin Tarantino e Irvine Welsh (autor de Trainspotting). Outros textos de Mark Ravenhill são Fausto está morto (1997), Handbag (1998), Polaroids Explícitas (1999) e, mais recentemente, Citizenship, The Cut e Product (todos de 2005).

Jussilene Santana
junesantana@gmail.com

Seção Fala que eu te escuto 1 - Jussilene Santana


Seção Fala que eu te escuto 2 - Fernando Guerreiro


Seção Fala que eu te escuto 3 - Mário Dias


Sobre viver de arte na Bahia - Faculdade da Cidade do Salvador - PROSA, 2007

quinta-feira, julho 12, 2007

O consumidor consumido, por Beth Ponte



Comprar e foder. E não necessariamente nessa ordem. Para além de questões filosóficas sobre o sentido da vida, há o entrelaçamento de vidas sem qualquer sentido, senão o exercício diário das várias formas de conjugar e viver esses dois verbos: comprar (vender) e foder. Este é o contexto da peça “Shopping & Fucking”, em cartaz no Teatro Moliére, na Aliança Francesa, até o dia 17 de junho. A peça tem direção de Fernando Guerreiro e texto do inglês Mark Ravenhill.
No texto, em boa medida fragmentado e perturbador, jovens vivem uma relação de dependência, física e emocional, com as drogas, com o dinheiro e entre si. Lulu (Jussilene Santana) ama Robbie (Rodrigo Frota) que ama Mark (Edvard Neto) que ama Gary (Emiliano D'Ávila) que não ama ninguém, senão a imagem impossível de um homem que o salvará e o fará esquecer os abusos sexuais sofridos pelo próprio padrasto. Entre eles há a figura do traficante Brian (Celso Jr.), capaz de chorar ao assistir os solos de violoncelo tocados pelo filho e comover-se com a saga do pequeno Rei Leão, ao tempo em que ameaça sem remorso a vida de quem se põe em seu caminho.
Encenada pela primeira vez em 1996, em Londres, a peça mistura humor negro, drama e brutalidade e já contou com duas montagens no eixo Rio-São Paulo. Na adaptação de Guerreiro, ao contrário do texto original, os nomes dos personagens não são citados, por eles ou por terceiros. Intencionalmente ou não, esse detalhe dá o tom de como as relações entre eles são construídas, do amor e da individualidade completamente submersos sob a água suja de uma realidade na qual o sexo e o dinheiro são as únicas motivações para a vida.
O amor aqui pouco importa e assume diversas formas, como o de Mark por seus dois amigos, que é o mesmo amor que se tem por algo que se acabou de comprar e cujo uso lhe renderá algum prazer momentâneo, ou então na atitude de Robbie, em que por amor à humanidade distribui toda a quantidade de drogas fornecida por Brian, pondo ele e Lulu em situação de risco com o curto prazo de uma semana para repor o dinheiro. O enredo não é assim tão linear quanto parece quando contado. Estes e outros fatos são intercalados com cenas e diálogos “chocantes” aos mais sensíveis ou conservadores, nas quais o sexo está sempre presente. “Shopping & Fucking” faz a “aceleração no vácuo” de Baudrillard parecer não mais que uma ciranda de crianças.
A concepção cênica da montagem de Guerreiro é absolutamente brilhante. O cenário é composto unicamente por um imenso e belo Cadillac vermelho, sobre um mecanismo que permite girá-lo em todas as direções a depender do contexto da cena e da movimentação dos personagens. O abre e fecha das portas, a utilização também do capô e do porta-malas do veiculo criam uma mobilidade dinâmica e bastante importante quando conjugada ao texto. A escolha de um carro como peça principal do cenário também é bastante emblemática. Tal qual na vida real, o carro do cenário de “Shopping & Fucking” é usado para tudo: a casa, o suporte, a cama. É usado como tudo: menos como carro. Assim como na vida real, o cultuado e desejado objeto de consumo assume outras funções que não a locomoção: são a extensão de nossa casa, de nossa proteção e até de afirmação da personalidade de seus donos. Os atores, por sua vez, da caracterização à interpretação estão muito bem, demonstrando o ímpeto e a dedicação necessários para se assumir os risco de uma produção tão polêmica e chocante.
“Shopping & Fucking” desagrada aos mais sensíveis e por isso mesmo prova que é bom no que se propõe, pois choca e expõe de forma visceral alguns aspectos da dita sociedade de consumo: o valor do dinheiro, o pouco valor da vida e o sexo enquanto moeda de troca corriqueira, alimentando a eterna ânsia de consumo praticada incessantemente por pessoas já consumidas. E toda essa velocidade absurda da perda de valores representada em um carro que não sai do lugar, apenas gira em torno de si mesmo, e de personagens que, como já diria Lobão em plena perdição, preferem viver “dez anos a mil, que mil anos a dez”.

bethponte@nacoco.com.br


“Shopping and Fucking ” Com Jussilene Santana, Rodrigo Frota, Edvard Neto, Celso Jr e Emiliano D'Ávila. Direção: Fernando Guerreiro. Texto: Mark Ravenhill

sexta-feira, julho 06, 2007

Seção Colírio - Emiliano d´Avila


"Sob gritos ensurdecedores, o menino de camisa amarela..."

Seção Colírio - Robbie e Mark

"Morram de inveja..."

Seção Colírio - Celso Jr

"Saca assim um tipo ameaçador? Eu tenho medo dele..."

Seção Colírio - Edvard Passos Miller


"Só Charles Bronson para enfrentar este olhar..."

Seção Colírio - Rodrigo Frota


"Ai que saudades deste chapéu..."

segunda-feira, julho 02, 2007

Trabalho de alunos - Louise Batista 3not - Faculdade da Cidade


Comentário escrito para a disciplina de Redação Jornalística.

A peça Shopping and Fucking retrata uma sociedade motivada pela relação de consumo e troca de mercadorias, focando o sexo, o homossexualismo, a prostituição e as drogas. Trazendo uma falsa mensagem de que a felicidade está no dinheiro e no consumo, os personagens encontram no sexo, nas drogas e em tudo que é efêmero os meios de sobrevivência, equiparando seus sentimentos e afetos com as relações comerciais, colocando no consumo a culpa da fragilidade humana.
O tema da peça “cai como uma luva” num mundo capitalista e globalizado como o nosso, que nos dias atuais revela alguns jovens sem perspectiva de vida e que procura nas drogas, no sexo, uma chance de tentar sobreviver em um país no qual o futuro é uma incerteza.
O espetáculo também revela uma idéia de que tudo e todos têm um preço, e que acabamos transformando nosso corpo em uma mercadoria que pode ser vendida e comprada. Às vezes esse tipo de comércio ocorre pela necessidade de sobrevivência ou até mesmo pela busca de afeto. A reflexão da peça é mostrar que, atualmente, sexo e dinheiro são o auge de nossos valores e com isso há o consumo desenfreado da sociedade e a imagem desgastada de tudo.

Trabalho de alunos - Wagner Ferreira 3not - Faculdade da Cidade

COMPRANDO E FODENDO


Comentário escrito para a disciplina de Redação Jornalística.
Blog de Wagner Ferreira: http://www.malecencia.blogspot.com/

A peça Shopping and Fucking, que esteve em cartaz no Teatro Molière no último final de semana (15 a 17 de junho), mostrou ao público a realidade do cenário urbano mundial vivida nos anos 1990. O texto original é de Mark Ravenhill, um dos escritores britânicos mais controversos e bem sucedidos a emergir no final desta década. O espetáculo consagrado em mais de 50 países retrata uma juventude imersa nas drogas, na desesperança e desemprego, além de resumir muito bem temas como sexo e consumismo, comportamentos ainda visíveis nos dias atuais.No Brasil teve sua primeira versão em São Paulo, através do diretor Marco Ricca em 1999, tendo Rubens Caribé e Silvia Buarque no elenco. Sua segunda montagem em terras brasileiras veio em 2007, depois do diretor Fernando Guerreiro (Vixe Maria e A Bofetada), estar com o roteiro nas mãos por quatro anos. O elenco é composto por: Celso Júnior (Brian), Edvard Neto (Mark), Rodrigo Frota (Robbie), Emiliano D’Ávila (Gary) e Jussilene Santana fazendo a “Lulu”.Tudo começa num Self-Service, quando Lulu e Robbie tentam dar algo de comer para Mark, que é viciado em drogas. A tentativa não surte efeito, e Mark percebe que seu vício vira ameaça. Isso o faz procurar uma clínica de reabilitação, saindo pouco depois. Nas ruas, encontra Gary, um jovem garoto de programa, o qual se apaixona. Nesse meio tempo, Lulu tenta arrumar um trabalho como atriz, sendo testada por Brian com a entrega 300 cápsulas de êxtase para repassar. Nisso Robbie oferece ajuda a Lulu na venda da droga. Só que entusiasmado acaba doando todas as pílulas numa festa. Brian ameaça o casal, que para levantar o dinheiro, começam a vender sexo por telefone. O clima esquenta quando Mark apresenta Gary a Lulu e a Robbie, que fica enciumado.

Trabalho de alunos - Alberico Manoel 5not - Faculdade da Cidade


Off de sua reportagem para TV sobre a peça.
Blog de Alberico Manoel: http://albericosantos.blogspot.com/

SHOPPING AND FUCKING

///SEXO / DROGAS / MOVIMENTO UNDERGROUND / LIBERDADE DE EXPRESSÃO / ANGÚSTIA / MEDO E UM MUNDO CONTEMPORÂNEO COMPLETAMENTE NOVO / EM QUE NOS PERDEMOS COM CINISMO E SARCASMO SOBRE A REALIDADE//// ESSE É O TEXTO DE SHOPPING AND FUCKING // A PEÇA QUESTIONA AS DENSAS RELAÇÕES HUMANAS / QUE NOS PEGAM DE SURPRESA E QUE NOS INSEREM DENTRO DO TEXTO// O AMBIENTE SE PASSA DENTRO DE UM CARRO/ SIMBOLO DO CONSUMISMO DESSA NOVA ERA GLOBALIZADA // SEUS PERSONAGENS CENTRAIS VIVENCIADOS POR LULU / ROBBIE / MARK E GARY VIVEM UM QUADRILÁTERO AMOROSO SEM PUDORES E LIVRES DE QUALQUER QUESTIONAMENTO ÉTICO E MORAL // O TEXTO DO DRAMATURGO INGLÊS MARK RAVENHILL É IMPACTANTE / FORTE E MUITO BEM ARGUMENTADO // UMA PEÇA FEITA PARA REFLETIRMOS SOBRE A MODERNIDADE / O SEXO É TÃO FÁCIL QUANTO O FAST-FOOD NAS GALERIAS DAS CIDADES / O DESEJO / A VIOLÊNCIA E UM CERTO MASOQUISMO EM BUSCA DE UM AMOR INEXISTENTE E VAZIO///

segunda-feira, junho 11, 2007

Setaro vai ao Teatro


Há alguns dias, convidei o meu querido professor de cinema André Setaro (www.setarosblog.blogspot.com) para assistir Shopping and F. Para além do carinho e respeito que nutro por sua figura, achava que estava em cartaz com a peça ideal (devido às alusões cinematográficas e ao tratamento que o tema em questão vem recebendo na sétima arte) para convidá-lo, ele que é crítico de cinema atuante em Salvador e referência para gerações de produtores do audiovisual baiano. Após o espetáculo, Setaro escaminhou este comentário que agora divido com vocês:

"Cara Jussilene,

Fui ontem, sexta, 08 de junho, ver Shopping & Fucking e, antes de mais nada, obrigado pelos convites. Não conhecia o agradável Teatro Molière. Queria ter tido a oportunidade de falar, no término do espetáculo, com você, mas na saída, acompanhando as pessoas, terminei por me achar na ladeira da Barra e, nela, acabei por optar pelo caminho de casa. Pena. Me lembro muito de você na Facom, quando ainda no Canela e, se não me falha a memória, na Faculdade de Administração.

Admirei a pujança da mise-en-scène de Fernando Guerreiro, que faz um teatro cujos objetos e as luzes se incorporam ao tecido dramatúrgico. A cenografia, a luz, a gestualística dos atores são componentes do espetáculo, fazem parte da sua mise-en-scène, dando, a esta, um acréscimo significativo. As torrentes verbais dos personagens são, por assim dizer, acrescidos de uma significação por meio da iluminação, do objeto em cena, e, também, do som. É a representação que se faz intensa na movimentação coreográfica dos atores. E a idéia do carro com rodinhas é muito eficaz como plataforma para a fabulação. Você Jussilene, sobre ser uma bela mulher, é uma presença ativa no proscênio.

Vendo Shopping & Fucking, veio-me à mente o método do Actor's Studio, não sei se tem a ver esta ligação, principalmente pelo comportamento corporal dos atores e da maneira pela qual fazem a inflexão vocal. Algo assim próximo a James Dean.

Bem, que a temporada tenha mais êxito ainda, pois você merecem,

Um abraço do

ANDRÉ SETARO"

sexta-feira, junho 08, 2007

DEBATE na FIB


Nesta quarta-feira, 06 de junho, fizemos um debate na FIB (Stiep) para alunos de jornalismo que haviam assistido a Shopping and F. Foi muito bom! Os meninos e meninas estavam afiadíssimos! Discutiram o tema com a gente e nos deram um retorno muito bacana de como esta peça (super-polêmica-algo-pornográfica-sobre-o-consumo) está chegando na platéia!!


No mais, agradecimentos especiais aos professores Silvio Benevides, Renato Nascimento e Pedro Carvalho por terem proporcionado o encontro. Além, é claro, do apoio constante da coordenadora do Curso de Jornalismo, Monica Celestino (grande jornalista!).


A foto aí em cima mostra, na sequência: nosso charmoso assistente de direção Ciro Sales; o blondie Miller Edvard Passos; nosso querido produtor-patrocinador Mário Dias; eu, Jussilene/Lulu; e o eterno menino da camisa amarela, Emiliano d´Ávila.


quinta-feira, maio 31, 2007

terça-feira, maio 29, 2007

FOTOS Márcio Lima


As fotos da peça são de autoria de Márcio Lima.

Para conhecer mais seu trabalho, clique em http://www.arcapress.com e procure nos portfólios.

E, por enquanto, vá desfrutando mais um pouco da leitura de Márcio para Shopping and Fucking.
Lembrando que estamos em cartaz até dia 17 de junho!!!!!

sexta-feira, maio 11, 2007

RICARDO LÍPER - Teatro : Shopping & Fucking



Com produção de Mário Dias chegou ao palco em Salvador Shopping & Fucking de Mark Ravenhill dirigida por Fernando Guerreiro que não precisa apresentação por ser sempre constatação. Vou só destacar alguns aspectos importantes de sua capacidade como diretor de teatro.

Uma delas é sua habilidade de criar um bom espetáculo com um grande nível de profissionalismo, daí sua assinatura ser uma garantia de que não se sairá frustado. Mas o que sempre me chamou atenção é sua imensa sensibilidade na seleção dos atores e como os dirige em cena. Ele por si só é uma escola de teatro. Se morasse noutro país estaria não só rico como teria muito mais reconhecimento do que já tem no Brasil.

O elenco é formado por Celso Júnior, Edvard Passos, Emiliano D'Ávila, Jussilene Santana e Rodrigo Frota. Todos muito bons.

A peça é sobre quatro jovens que vivem compartilhando o mesmo espaço. Sexo e dinheiro alternando sentimentos e poder os tortura. Homens que se relacionam com homens ou mulheres que buscam o amor sob o desespero e angústia de um mundo capitalista, da década de 90, que a atualidade não mudou. Mas é polêmico. Cenas fortes. Diálogos francos e diretos.

No meu entender, o sexo foi reprimido por mais de 4 mil anos a partir do judaísmo. Deixou de ser uma coisa sempre boa uma pessoa dar prazer a outra com seu corpo para ser um pesadelo de culpa, negação e pecado. Alguns escritores ficam presos nessa armadilha. O primeiro passo para se enfrentar essa repressão é sempre o achar bom e bonito. Sob qualquer pretexto e circunstância, um ser humano, gerar, no outro, prazer erótico, mesmo efêmero, com ou sem outros interesses ( isto é irrelevante diante do ato) é muito bonito e basta por si só. Horrível é se negar, também seja sob que pretexto for, esse prazer ao outro.

Desde que não seja pretexto para o assassinato, roubo ou feito sem cuidados podendo gerar doenças, os que enfrentam os 4 mil anos de repressão a essa maneira de fazer o bem ao outro com seu próprio corpo é sempre um anjo. Associá-lo ao desespero, desgosto, violência, complicação e, mesmo até, busca de amor sempre me desagrada. Mas essa é uma opinião pessoal. Fica aberta a polêmica.

O espetáculo é magistralmente bem construído. Não pode se deixar de vê-lo e discuti-lo. A peça pode ser vista até junho no Teatro Moliére da Aliança Francesa.

Ricardo Líper

Jornal Tribuna da Bahia, segunda-feira, 23 de abril de 2007

Dia & Noite

Peças de Teatro de Ricardo Líper na Internet:

www.teatroliper.net

quinta-feira, maio 10, 2007

EDUARDA UZÊDA - Drogas,sexo e violência integram o cotidiano da juventude retratada, com acidez, na peça Shopping and Fucking, de Ravenhill



O espetáculo Shopping and Fucking, texto de Mark Ravenhill, direção de Fernando Guerreiro, que está em cartaz no Teatro Molière, Aliança Francesa, de sexta a domingo, é uma crítica severa ao mundo capitalista e globalizado, onde os laços pessoais e afetivos são equiparados a mercadorias de compra e venda.

O texto dá ênfase à uma juventude amoral, destroçada e sem perspectiva, que sem nenhuma ideologia ou questionamento político e social, refugia-se nas drogas, no sexo, nas compras, na música tecno, para tentar sobreviver a um mundo cruel, onde a incerteza sobre o futuro é uma constante e a violência está em toda parte, nos lares e nas ruas, inclusive nas relações amorosas.

Neste panorama, onde a satisfação básica dos instintos é o que conta, vale se prostituir, traficar ou ficar indiferente ao sofrimento do outro. E são esses seres anestesiados, produto descartável de um sistema econômico perverso que Ravenhill quer destacar no texto que instiga pela crítica social e humor cáustico. Apesar de rejeitar o título de teatro político convencional, o discurso de Ravenhill é quase sempre político, comprometido com a realidade.

VERSATILIDADE - O diretor Fernando Guerreiro, que tem provado talento tanto em comédia (Vixe Maria! Deus e o Diabo na Bahia) quanto no drama (Um Bonde Chamado Desejo) costura bem todas as cenas do espetáculo, mostrando as cenas ousadas de homossexualismo com o vigor que o texto exige. É dele, também, a concepção do criativo cenário (executado por Euro Pires) que utiliza um carro, símbolo máximo do consumismo e tecnologia, para discutir as relações afetivas como mercadorias.

O elenco, integrado por Celso Jr (Budro), Jussilene Santana (Os Amantes), Edvard Passos (Raul Seixas - A Metamorfose Ambulante), Emiliano D'Ávila ( Sábado, Domingo e Segunda) e Rodrigo Frota ( Fogo Possesso) se entrega, sem reservas, ao jogo cênico, mas há destaques evidentes em algumas atuações.

A começar por Celso Jr, que tem uma atuação brilhante, iluminando todas as cenas que aparece como um personagem que representa bem a lógica da estrutura capitalista selvagem. Celso constrói Brian, com sutilezas de gestos e expressões, mastigando bem as intenções do texto. Nenhum ato seu é sem propósito. O intérprete também assina a trilha sonora e não decepciona.

TALENTO - A atriz Jussilene Santana, intérprete que cada vez mais se firma na cena teatral pelo talento, também constrói muito bem a personagem Lulu, com uma vivacidade e ritmo que funciona muito no epetáculo.

Outro bom destaque é Emiliano D'Ávila, jovem ator que representa muito bem Gary, garoto que quer ser propriedade de alguém após ser currado pelo padrasto. Uma promessa para o teatro baiano que só o tempo e outras interpretações poderão confirmar.

Rodrigo Frota ( Robbie) e Edvard Passos ( Mark), que, na trama, vivem um triângulo com Lulu ( Jussilene Santana) não são tão convincentes na construção de seus personagens, mas têm bons momentos em cena.

Edvard Passos, como o personagem Mark, o mesmo quer se livrar das drogas e procura evitar o amor, cresce na metade do espetáculo. O padrão vocal não é bom. Já Rodrigo Frota, como Robbie, poderia ser melhor se abandonasse uma certa infantilidade que empresta ao papel. A iluminação de Fábio Espírito Santo é funcional. O figurino é belo, mas para seres tão devassados poderia ser mais representativo. A produção, elogiável, é de Mário Dias.

Eduarda Uzêda

Jornal A Tarde

euzeda@grupoatarde.com.br

quarta-feira, maio 09, 2007

CLODOALDO LOBO - Seres Invólucros vagueiam nas cidades


Uma fotografia hiperrealista. Da grande parte da juventude contemporânea, mais capitalista do que nunca, para quem tudo se resume ao paraíso artificial das drogas, da grife dos shoppings e do sexo vendido/comprado. Cintilações cínicas é o que nos desperta a montagem “Shopping and FUcking”, escrita pelo inglês Mark Ravenhill e primorosamente dirigida por Fernando Guerreiro: repugnância, medo e... atração. Atração pelo abismo do nada.


Um grupo de jovens é posto em cena, com seus erros e até belezas interiores. Dois rapazes e uma moça, que se amam atrapalhadamente. A moça é Jussilene Santana, Lulu, um show de beleza e talento, a se entronizar definitivamente como uma atriz baiana de primeiríssima linha. A melhor no palco. Jogo de pernas e vivacidade, como se soubesse o que se passa com ela (Lulu) e ao seu redor, mas que se deixa cair nas malhas do insidioso Brian (Celso Júnior, melhor do que nunca, maduro), prostituindo-se.


Os dois rapazes são Robbie (Rodrigo Frota), o personagem menos esboçado – talvez por ser o menos bad-boy-, mas ao qual o ator empresta uma certa vivacidade, fair-play e doçura. Mark – alter ego do autor já que tem o mesmo prenome? – vai para um reformatório se livrar da heroína e descobre que as pessos são como drogas, geram dependência. É dos três o que vai mais longe no radicalismo de sua viagem e e, talvez por isso, o ator Edward Passos, cara e jeito de bom rapaz, tenha dificuldade de encarnar o personagem, e só se redima quando mostra o seu lado terno.


ESSENCIA HUMANA - Em certos momentos, no entanto, o trio inicial não deixa de refletir a essência humana, o tribalismo que floresceu nos anos 60, 70 e até mesmo no início da década de 80: Lulu ama um dos rapazes, que ama o outro, que, por sua vez, vai se apaixonar pelo quarto elemento, o adolescente. Mas é um amor de tensões e sobressaltos, rondados, mais que nunca, pela violência, marginalidade e...ganância.


Aparece Gary, o muito moço Emiliano D´Ávila, com uma aura de inocência que lembra o Vladimir Brichta dos primeiros tempos no palco. Magnetismo a mil. Faz um michê, um garoto de programa que traz uma tara secreta, que explode espantosamente no final.


O diretor Fernando Guerreiro volta a dar um salto criativo e mostra que, quando quer, consegue estampar toda sua inquietação, que também é a nossa, transformados meio em humanos, meio máquinas. Todos partícipes e vítimas da sociedade que o pensador Jean Baudrillard chamou de simulacro. Como diz ironicamente o personagem de Celso Júnior, ensinando didaticamente aos outros:”Civilização é dinheiro. Dinheiro é civilização”.


Não à toa o cenário é um enorme conversível a dominar praticamente todo o palco, signo da tecnologia que nos corrói.


Clodoaldo Lobo

Jornal A Tarde, sábado, 05 de maio de 2007

Caderno 2

domingo, maio 06, 2007

Prova dos NOVE - blog


Shopping and Fucking
Imperdível. Grandes Atores. Trilha sonora inesquecível, produção impecável, Cenografia de tirar o fôlego e o maior diretor da Bahia em sua melhor forma. Salve Guerreiro!!!
Postado por Erlon Sousa at 18:18



Como diriam meus amigos da Espanha... QUE FUERTE! Já havia assistido uma outra montagem desse espetáculo em São Paulo e o texto não me disse muito. Nessa montagem soteropolitana, me disse tudo. A direção de Guerreiro é verdadeira e reveladora. O cenário é outra escolha perfeita do espetáculo. No elenco, Celso Jr. e Jussilene Santana , maestros desse ofício, nos conduzem ao nosso lado mais cruel onde a libido está no comando. Emiliano d´Avila é uma ótima surpresa no elenco. SHOPPING AND FUCKING está em cartaz no Teatro da Alinça Francesa. Um espetáculo de fuder! Eu compro.


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domingo, abril 15, 2007

Comentários de Shopping no blog "putamadrecabron"



shopping & fucking
A concepção me incomodou muito. E incomoda mais, porque tecnicamente, é tudo muito bom.O espetáculo tem um grande problema: os atores deveriam falar em inglês. Também ajudaria bastante se o teatro fosse em Londres ou Nova Iorque.Shopping & Fucking, de Mark Ravenhill, tradução de Laerte Mello, produção de Mário Dias e Direção de Fernando Guerreiro está em cartaz no Teatro Molière, Aliança Francesa - infelizmente localizado em Salvador, em plena ladeira da Barra - e é um bom espetáculo. Eu aplaudi de pé. E sinceramente.O texto é uma das estrelas da recente dramaturgia inglesa, encenado pela primeira vez em 1996, e agregado ao estilo In-Yer-Face Theatre, algo como "Teatro direto na sua cara". É uma história de drogados com problemas, algo como Trainspotting, mas a história interessa menos. O texto é um discurso de choque. As cenas, os personagens e as situações é que contam. A história é só uma história.Os atores estão muito bem. Celso Jr., nervoso (talvez só nesse dia) mas bem, Rodrigo Frota e Jussilene Santana formam uma excelente dupla, Edvard Passos e Emiliano D'Ávila também. A luz cumpre bastante bem sua função, sem exageros. A trilha sonora poderia ser melhor. O cenário é inacreditavelmente bom, coisa de mágico, posto que não se lê "patrocínio" no programa.Dá gosto de ver um trabalho tão bem feito. O texto é bom, a equipe é boa, o diretor é competente, o cenário é mágica. Porque então a sensação de que algo está errado, do começo ao fim?O último espetáculo de Guerreiro que eu vi foi Um Bonde Chamado Desejo, também no Teatro Molière. Saí com a impressão de ter visto um filme dublado. O mesmo dessa vez. Os personagens no texto original são ingleses, e ao que parece, a idéia da direção foi mantê-los ingleses, lá de Londres, ou Manchester, ou qualquer outro lugar. O resultado é que apesar de tudo muito amarrado, você não acredita nesses personagens, não viaja com eles. É tudo coerente e não é. Difícil acreditar nesses brasileiros, baianos, cearenses, vivendo ingleses. Brancos, loiros, com camisa do Lakers, mascando chiclete e tudo, mas não são ingleses. Não são gringos. E aí alguma coisa fica pela metade. Nenhum deles é o Ewan McGregor e não existe correspondente em português para o sotaque inglês. Adotar o sotaque do Jornal Nacional não ajuda. São gringos que não são gringos. Ou não o suficiente. Fica falso. Uma tradução de voz sem tradução de corpo e a atmosfera fica estranha. E você escuta a mensagem mas ela não te pega, já que em nenhum momento você conseguiu embarcar com os personagens porque tem alguma coisa de alienígena neles.São opções que me incomodam. Mas claramente opções e não erros. Além disso, cenas um pouco mais longas do que precisavam ser, fazem com que você leve um tempo pra pegar o ritmo e o tempo do espetáculo. Nada grave. As cenas de sexo acontecem no limite do "bom gosto", mas não decepcionam. Entre os trunfos, estão as brigas, os ataques verbais, as frustrações, os combates em cena dos personagens que geram momentos espetaculares e mostram o talento do autor, a competência do diretor e o brilhantismo do elenco.Vale ver. No fim do espetáculo, sentia incômodo, por ser tudo muito bom MAS a concepção ser esquisita. Aplaudi de pé, pois vi um trabalho de qualidade. Quem encara o público no fim do espetáculo é o elenco e não o diretor. Aplausos de pé, porque o trabalho deles merece.

08 de abril de 2007

by Camilo Fróes

segunda-feira, abril 09, 2007

Shopping and Fucking, no BahiaVitrine


Fernando Guerreiro (diretor da peça) diz no programa que realizar a montagem partiu de uma saudável obsessão. Shopping & Fucking não é só obsessiva. Vai mais além: fascina por sua movimentação opressiva e sensual.
O sexo (quase explícito) nunca foi tratado em nossos palcos de forma tão crua, brutal. E por vezes, masoquista. Shopping & Fucking é o trabalho mais contundente do teatro baiano nos últimos anos. É um espetáculo inteiro com atuações que merecem aplausos.

O texto de Mark Ravenhill nos remete a uma geração sem perspectivas onde somente sexo e dinheiro estão no comando. Um retrato atual ou ficção criada pelo enlouquecido triângulo amoroso Mark (Edvard Passos), Lulu (Jussilene Santana) e Gary (Emiliano D´Ávila) quando traz a cena personagens como Robbbie (Rodrigo Frota) e Brian (Celso Júnior) que ameaçam desestruturar o barato dos três? Não importa. O mais importante é que o espectador mergulha numa viagem visceral. Marcada com uma iluminação que funciona (no caso do piscar dos holofotes) como grito de alerta. Ir mais além pode ser muito perigoso.

Existe algo na peça que lembra filmes como Blade Runner (pela atmosfera sombria quase sufocante) e Assim caminha a humanidade. Aquele carro (cadillac conversível) como cenário parece abrigar as mesmas dores do sempre atormentado James Dean. Seja na vida real do ator ou encarnando personagens em seus filmes. Ambos marcaram gerações diferentes de maneira peculiar. Viraram cult. O mesmo pode acontecer com Shopping & Fucking.

Destaque para as performances de Jussilene Santana (na cena em que comanda relações sexuais por telefone) e Edvard Passos (narrando transa no banheiro de um metrô tendo como parceiras Madonna e Angelina Jolie). Inesquecíveis!

A peça está em cartaz no Teatro da Aliança Francesa, de sexta a domingo.


por por Jacques de Beauvoir, 04 de abril de 2007

quinta-feira, março 29, 2007

Mais Comentários de Shopping and F**cking!!!!


Logo quando entrei no teatro me senti atraído pela atmosfera do palco: um cadillac isolado ao centro, refletores em tons levemente amarelados remetendo a postes de rua e a discreta fumaça flutuando ao som de um jazz. O submundo de Mark Ravenhill estava ali, diante de meus olhos , num belo teaser do que viria a se seguir. Já tinha "comprado" o espetáculo só pela sua aura cinematográfica. Uma comédia sombria que mistura (claro) bons diálogos - o texto é deliciosamente indigesto - com atuações isoladas.Jusssilene como Lulu (deliciosa!) prende o tempo todo o jogo das relações com seus companheiros pseudo-libertinos (Mark, Gary e Robbie), e Celso Jr. (Brian) surge como uma espécie de coro prenunciando e desafiando a pluralidade dos sentidos daqueles jovens. Percebi que, durante boa parte do tempo em que Brian estava dando o texto - ainda quando o carro está na posição inicial - a luz estourada " apagava" o rosto do ator e, conseqüentemente, eu não conseguia enxergá-lo bem; o que me fez indagar sobre a concorrência da interpretação do texto com o excesso de luminosidade naquela cena.Ainda no início, quando Edvard Passos (Mark) está no volante e solta suas primeiras frases, fiquei desconfortado com sua dicção um tanto impostada (que melhorou rasoavelmente depois do 1º ato) e com o pára-brisa cobrindo-lhe o rosto - eu estava sentado mais ou menos na quinte fileira, pro lado esquerdo e na platéia de baixo. E em se tratando de naturalidade, Jussilene Santana foi a única que me fez mergulhar na personagem sem eu precisar pensá-la, racionalizá-la... . Os outros tiveram uma atuação correta, respitando a cartilha da personagem; porém, nunca oferecendo uma tridimensionalidade à atuação. Rodrigo Frota como Robbie enxerguei o Rodrigo Frotta das aulas de Desempenho I com Harildo; Emiliano D`Ávila é o tipo (correto) pra fazer Gary, mas nos momentos de memória emotiva em que se lembra do pai não toca, não emociona; ficando só na forma e declamando o texto. Celso tinha momentos em que me remetia a Kevin Spacey - principalmente nas cenas com Lulu - e outros, meu professor de sala de aula. Com um brilhante trabalho estético, Shopping and Fucking encanta pelos figurinos pop, pelo uso do cadillac como metáfora dos bingos! e perdas das personagens; pela combinação de idas e voltas para o mesmo lugar e pela segurança do ritmo que poucas vezes se perde. Mas vale a pena ressaltar que a bifurcação de luz, cores e plasticidade - me lembrei dos filmes de Peter Greenway (!) - é o grande trunfo do espetáculo, que horas fala mais alto que o trabalho de ator, outras menos.


Espetáculo visto no Teatro Molière
3 estrelas em 5

quarta-feira, março 28, 2007

Comentário do Caderno Dez! A Tarde: "Sexo, compras e videotapes"


Se você começar a ler esse texto querendo saber se a peça Shopping & Fucking, dirigida por Fernando Guerreiro [em cartaz no Teatro Moliére desde o dia 16], é boa ou ruim, é melhor parar por aqui. Essa resposta eu não tenho. Gosto banstante de algumas coisas e outras me incomodam profundamente. Mas aí vão dizer que sou moralista e tal. Não são as cenas envolvendo sexo, secreções e fluidos corporais que me incomodam [embora tenham quase levado ao infarto uma tia que sentou ao meu lado]. Me incomodam alguns excessos do texto, passagens longas e pretensamente metafóricas e alguns deslizes estriônicos de alguns atores, que no geral apresentam atuações eficientes, com destaque para Emiliano d'Ávila. Com total domínio do personagem, o rapaz desconserta a platéia com facilidade. A peça conta a história de quatro jovens perdidos na metrópole e a relação com seus desejos legítimos ou impostos pela sociedade de consumo. Lulu [Jussilene Santana], Mark [Edvard Passos], Robbie [Rodrigo Frota] e Gary [Emiliano d´Ávila] formam um quadrado amoroso baseado em interesses diferentes [sexo, paixão ou dinheiro], mas que vez por outra coincidem. Junkies e sem grana, após a partida de Mark, Robbie e Lulu acabam na mão de Brian, um traficante de drogas [Celso Jr.]. Mark encontra no garoto de programa Gary a dependência psicológica que substitui a sua dependência química, mas Gary não quer estar no comando. Quer entregar sua vida nas mãos de alguém. A concepção minimalista do cenário de Euro Pires é outro elemento que gostei bastante e acho que vale ser mencionada. Um carro vermelho apoiado numa estrutura giratória serve de casa e rua. É nele que toda a ação acontece. O texto do londrino Mark Ravenhill, que já foi montado em mais de 50 países, é cínico, engraçado, incômodo. Com referências que vão do Rei Leão a Tchecov, ele se aproxima da tendência só-para-chocar que rolou na década de 90 em relação às questões jovens como no livro Transpotting, de Irvine Welsh, ou no filme Kids, de Larry Clark. Há quem pense que a história tem uma moral. Acreditar nisso me faria odiá-la. Acho que Ravenhill te dá opções. Você é que precisa decidir qual vai comprar. SHOPPING & FUCKING Teatro Molière, Aliança Francesa [Ladeira da Barra] Sexta, sábado, 21h [R$ 20] e domingo, 20h [R$ 24]. Até 17 de junho.


21/03/2007 às 13:49

por Pedro Fernandes

domingo, março 11, 2007

Mário Dias - The Producer


Acreditem: não é simples. Produzir para teatro hoje na Bahia é tarefa sobre-humana, ainda mais sem patrocínio fixo! Ainda mais sendo uma montagem ousada e provocativa, ainda mais sendo um drama! Bom, tarefa para poucos... E foi o produtor Mário Dias quem topou o desafio. Mário já produziu para teatro, dança e música. No seu currículo estão Alzira Power, Senhorita Júlia, e mais recentemente, Minha amiga mente para mim e Divorciadas, Evangélicas e Vegetarianas. Em música, produziu shows da Confraria da Bazófia, O Cumbuca, Marcia Short e Clécia Queiroz. Ele sozinho vale por uma produção.


terça-feira, março 06, 2007

TERRITÓRIO DE TODAS AS TRANSAÇÕES I

Estréia dia 16 de março (sexta-feira), às 21h, no Teatro Mòliere, na Aliança Francesa, o espetáculo Shopping and Fucking, com direção de Fernando Guerreiro. No elenco, Jussilene Santana (melhor atriz Braskem em 2005), Celso Jr., Edvard Passos, Rodrigo Frota e Emiliano d´Avila.
A peça estréia para convidados e imprensa no dia 15 (quinta-feira), também às 21h. A equipe ainda é composta por Euro Pires, cenografia, Fábio Espírito Santo, iluminação e a dupla de estilistas Soudam e Kavesky, na concepção do figurino. A produção do espetáculo é de Mário Dias. Shopping and Fucking prossegue até 17 de junho todas as sextas e sábados, às 21h, e domingo, às 20h. Os ingressos são R$ 24 e R$ 12 (meia) na sexta e sábado e R$ 20 e R$ 10 (meia), aos domingos.O texto do inglês Mark Ravenhill é um drama que acompanha o cotidiano de um triângulo amoroso e seu envolvimento com o mundo das drogas, do sexo pago e da violência. O espetáculo mostra a série de esquemas em que o grupo se envolve para continuar sobrevivendo numa grande cidade, desde o roubo até à venda de sexo por telefone, entre outras transações. Neste universo onde a fé na condição humana parece estar extinta nada escapa do consumo desenfreado. A questão que perpassa a encenação é: Tudo estará mesmo à venda? Daí que indiretamente se questione se qualquer coisa pode ser objeto de troca, de uma permuta comercial, até mesmo os laços pessoais e sexuais. Neste território onde todas as transas são possíveis, o consumismo substituiria nossos antigos códigos morais?

TERRITÓRIO DE TODAS AS TRANSAÇÕES II


A primeira vez que Shopping and Fucking veio a público foi no Royal Court, em Londres, em 1996, logo se tornando um grande sucesso e percorrendo várias cidades da Inglaterra. A peça causou frisson imediato pela ousadia no trato com a temática homossexual, sendo tachada inclusive de exibicionista e chocante.
A crítica enérgica presente no texto de Ravenhill, porém, sobreviveu à sua imediata leitura sexual, mesmo passados dez anos. Ao longo da década, Shopping and Fucking foi montada com sucesso de público e crítica nos EUA, Itália, França, Espanha, Canadá, Dinamarca, Alemanha, Hungria, Lituânia, Estônia e África do Sul, em todos estes países assumindo uma aura de espetá em todos eles assumindo uma aura de espetmediato contesta e chocante. ogo se tornando um grande sucesso e percorrendo vculo cult. Também nestes últimos dez anos, a estética gay foi muito apropriada pela sociedade de consumo, abrandando parte do estranhamento ao tema. O texto já foi encenado no Brasil, em 1999, com direção de Marco Ricca, tendo Silvia Buarque e Rubens Caribé no elenco.
A amoralidade niilista dos personagens de Ravenhill permite mesmo essa leitura mais chocante, mas por outro lado há material em Shopping and Fucking para se perceber um profundo sentido ético no retrato que o autor faz da sociedade capitalista contemporânea. Para ele, a globalização e as atuais forças econômicas tentam fazer em fiapos nossos laços comunitários. Mas, como o próprio Ravenhill afirma: "Há sempre um momento em que minhas personagens reconhecem que têm que cuidar umas das outras".
Apesar de rejeitar o título de teatro político convencional (que seria um teatro engajado), o discurso de Ravenhill - tanto em seus textos quanto entrevistas - é quase sempre político. Em Shopping and Fucking ele trabalha com temas recorrentes, como a crítica irônica à sociedade de consumo, à globalização e as transações comerciais como base para as relações humanas.
Ravenhill escreve sobre a cena urbana de maneira eloqüente e com diálogos ágeis. Em suas cenas fragmentadas, há referências à cultura pop, aos desenhos animados da Disney e à literatura clássica. Em Shopping and Fucking há citações: ao musical infantil O Rei Leão, à peça As Três Irmãs, de Tchecov, a Romeu e Julieta, de Shakespeare, aos canais de tele shopping, aos snuff films (filmes de acidentes e mortes reais) e às onipresentes câmeras de TV. Já os nomes das personagens são tomados de empréstimo do grupo Take That, uma versão inglesa da boy band New Kids on The Block.
Seus temas e diálogos também sugerem aproximações com outros produtores do cinema e teatro contemporâneos como David Mamet, David Lynch, Quentin Tarantino e Irvine Welsh (autor de Trainspotting). Outros textos de Mark Ravenhill são Fausto está morto (1997), Handbag (1998), Polaroids Explícitas (1999) e, mais recentemente, Citizenship, The Cut e Product (todos de 2005).

Celso Jr. – Brian


O professor, ator e diretor teatral Celso Jr. comemora 20 anos de teatro com o espetáculo Shopping and Fucking. Mestre em Teoria e Crítica da Literatura, Celso começou sua carreira na Cia. Baiana de Patifaria estreando Abafabanca, em 1987, com direção de Fernando Guerreiro, com quem volta a trabalhar após duas décadas. Depois, fez o curso livre com Luiz Marfuz, apresentando o espetáculo Sim. A partir de 1992, iniciou uma frutífera carreira como diretor. Dirigiu Quem matou Maria Helena, um sucesso que ficou nove anos em cartaz. Foi indicado ao Braskem de melhor ator com o espetáculo Budro.

Jussilene Santana – Lulu


Ganhadora do prêmio Braskem 2005 como melhor atriz por Budro, Jussilene Santana vem se destacando há dez anos no cenário cultural de Salvador. Professora e Mestre em Artes Cênicas, em 2004 foi indicada ao Braskem como melhor atriz coadjuvante. No ano anterior, interpretou Senhorita Júlia, de August Strindberg, sob a direção de Ewald Hackler, que a dirigiu também em A Mulher sem Pecado e em inúmeras leituras dramáticas. Na TV, fez A mulher de roxo, com direção de Fernando Guerreiro. Em 2006, fez os filmes Jardim das Folhas Sagradas e Estranhos. Como jornalista, ganhou os prêmios Banco do Brasil (2003), ABI (2004) e Troféu Coelba de Reportagem (2003).

Edvard Passos – Mark


Aluno da Escola de Teatro, formado em arquitetura. Seu último espetáculo foi Raul Seixas, fazendo Plínio Seixas, irmão do cantor baiano. Com Guerreiro, trabalhou em Flicts, O Inspetor Geral e Deus. Atuou em Maria Quitéria, de Deolindo Checcucci, e Anjos no Espelho, de Gideon Rosa e Tom Carneiro. Fez ainda Over Duplo, com direção de Elisa Mendes.

Rodrigo Frota - Robbie


Aluno da Escola de Teatro, cearense radicado na Bahia, atuou nos espetáculos 1º. de Abril, Latin in Box, Subúrbia e Fogo Possesso. Já recebeu dois prêmios de atuação em Fortaleza. É aluno do sétimo semestre de interpretação. No Ceará, finalizou o Colégio de Direção Teatral, tendo aulas com Zé Celso, Antunes Filho, Antonio Mercado e Celso Nunes.

Emiliano d´Avila - Gary


Aluno da Escola de Teatro, que participou de várias montagens didáticas da instituição. Fez nove anos de teatro amador com grupo do Colégio São Paulo. Atuou em Sábado, Domingo e Segunda, com direção de Harildo Deda, entre outras. Fez o microdrama Ponto de Interrogação, com direção de Lino Almeida (POTE-2005).

O Cenógrafo: Euro Pires


Euro Pires é artista plástico que há anos vem se destacando na criação de cenários, figurinos e adereços de espetáculos e shows em Salvador. Assinou o cenário das peças Os Amantes II, Irmã Dulce, Vixe Maria Deus e o Diabo na Bahia e Em Busca do Sonho Perdido.

O Iluminador: Fábio Espírito Santo

Fábio Espírito Santo é diretor e iluminador. Dirigiu o espetáculo Divorciadas, Evangélicas e Vegetarianas com a Companhia Teatro dos Novos, escreveu o texto e fez a iluminação da montagem Diferentes Iguais. Também vem participando de direções de vídeos como Detalhes e Onde está Lynch? .

Os figurinistas: Soudam & Kaveski


A dupla de estilistas Ismael Soudam e Valéria Kaveski criam há anos os figurinos de estrelas da música baiana como Carlinhos Brown e Margareth Menezes. Agora participam da equipe de Shopping and Fucking.

Serviço e Ficha Técnica

Este resumo não está disponível. Clique aqui para ver a postagem.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

LEITURAS


texto, TextO, TEXTO:
Emiliano D´Avila, Edvard Passos, Jussilene Santana e Rodrigo Frota.

Ensaios


O olhar do diretor Fernando Guerreiro e do assistente Ciro Sales.


Fernando Guerreiro comemora 30 anos de teatro montando o drama Shopping and Fucking. Um dos diretores teatrais de maior sucesso dos últimos anos e vencedor de diversos prêmios, Guerreiro é reconhecido pelo humor escrachado com o qual capitaneou várias comédias de visibilidade na Bahia. É um dos fundadores da Cia. Baiana de Patifaria, com ela montando A Bofetada e Abafabanca. Na TV, dirigiu o programa Arerê e episódios do POTE. Em 2000, dirigiu Volpone, o sexto espetáculo do Núcleo de Teatro do Castro Alves. Vem cada vez mais dirigindo espetáculos no eixo Rio/São Paulo como Camila Baker e Três Homens Baixos.

ENSAIOS



Rodrigo Frota, Edvard Passos e Jussilene Santana

domingo, janeiro 14, 2007

Teaser

Assista o Teaser exibido na circuito Sala de Arte:

Estréia em março de 2007 no Teatro da Aliança Francesa em Salvador -Bahia

Shopping and Fucking estréia em março no Teatro Molière

Estréia em março, no Teatro Molière, na Aliança Francesa, o espetáculo Shopping and Fucking, texto do inglês Mark Ravenhill, com direção de Fernando Guerreiro. O drama, com altas doses de humor negro, acompanha o cotidiano de um triângulo amoroso e sua relação com o mundo das drogas, do sexo e da violência.
No elenco, Celso Jr (Budro), Edvard Passos (Raul Seixas), Emiliano D´Ávila (Sábado, Domingo e Segunda), Jussilene Santana (Os Amantes II) e Rodrigo Frota (Fogo Possesso). A produção é de Mário Dias.
Apesar de rejeitar o título de teatro político convencional, o discurso de Ravenhill – tanto em suas peças, quantos nas entrevistas – é quase sempre político. Em Shopping and Fucking ele trabalha com temas recorrentes, como a crítica irônica à sociedade de consumo, à globalização e as transações comerciais como base para as relações humanas.
Seus temas e diálogos sugerem aproximações com outros produtores do cinema e teatro contemporâneos como David Mamet, David Lynch, Quentin Tarantino e Irvine Welsh (autor de Trainspotting). Outros textos de Mark Ravenhill são Fausto está morto (1997), Handbag (1998), Polaroids Explícitas (1999) e, mais recentemente, Citizenship, The Cut e Product (todos de 2005).
Shopping and Fucking foi encenada pela primeira vez pelo Royal Court, em Londres, em 1996, logo se tornando um grande sucesso, percorrendo várias cidades da Inglaterra. Nestes dez anos, o texto já foi montado nos EUA, Itália, França, Espanha, Canadá, Dinamarca, Alemanha, Hungria, Lituânia, Estônia e África do Sul, entre outros países. O texto já foi encenado no Brasil, em 1999, com direção de Marco Ricca, tendo Silvia Buarque e Rubens Caribe no elenco.

sábado, janeiro 13, 2007

Serviço

Shopping and Fucking - texto de Mark Ravenhill (tradução Laerte Mello)

Direção: Fernando Guerreiro
Produção: Mário Dias
Elenco: Celso Jr, Edvard Passos, Emiliano D´Ávila, Jussilene Santana e Rodrigo Frota.
Local: Teatro Molière, Aliança Francesa, no Corredor da Vitória.
De sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 20h.